O interesse numa exposição conjunta de António Areal, Sofia Areal e Martim Brion (Areal) assenta na articulação de três gerações de uma mesma família ligada às artes plásticas, com distintas marcações na arte portuguesa. António Areal aparece com um surrealismo metafísico em finais da década de 1960, seguindo-se uma breve fase informalista à entrada da década seguinte, para desenvolver um dos mais importantes projectos neo-figurativos dos anos 60 -70 de teor neo-dada; Sofia Areal entra no final da década de 80, em acerto internacional com o tempo da bad painting ou da transvanguardia, que ficou sinalizada pelo retorno ao paradigma da pintura e tem vindo a realizar um dos trabalhos mais relevantes e originais do panorama artístico nacional. Com uma produção mais recente e emergente, Martim Brion surge já neste século, em tempos de intervenções instalativas e pós- conceptuais, observável na sua pluralidade de materiais e suportes, trabalhando entre a fotografia (esboços momentâneos) e a escultura (pensamentos em estado físico). Actuando em diferentes tempos, estes projectos não podiam ser iguais, como não são; mas estão ligados por proximidades que permitem estabelecer elos de relação e continuidade, uma familiaridade na diferença.
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Mathias Fischer
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